quinta-feira, 26 de abril de 2012

Baiano serve pra que?


JOLIVALDO FREITAS

Quem foi a Bahia! Estamos lascados: eu, o senhor e a senhora. A Bahia já deu régua e compasso, mas agora queridos.. .aquele abraço. A Bahia já fez sua melhor contribuição ao país com Ruy Barbosa (o Águia de Haia), André Rebouças (conselheiro de d. Pedro II), Teixeira de Freitas, Anísio Teixeira,  Marquês de Abrantes, Luís Viana, Cezar Zama, Hermes Lima e podemos até incluir o amineirado ex-presidente Itamar Franco. Foram muitos. Hoje não tem nenhum. Nada que preste. 
Os que passaram pelo governo petista só serviram para jogar barro no ventilador. Saíram mais sujos que bunda de bêbado. Aí estão Orlando Silva, Afonso Florence, Mário Negromonte e José Sérgio Gabrielli (ex-presidente da Petrobras). Quem não caiu por maus hábitos foi defenestrado por andar em má companhia. Uma página que bem poderia ser deletada ou mudada; mas Photoshop não muda a História. 
Pior é que a Bahia não presta mais para nada. Não temos renovação em nenhuma área. No futebol ainda comemoramos o fato de Daniel Alves estar jogando no Barcelona e só. Nenhum jogador na Seleção Brasileira. Ninguém foi chamado para a Seleção Olímpica.

Na área de Medicina não temos grandes estrelas nacionais ou internacionais. Só para consumo no âmbito doméstico. Nas artes plásticas ainda vivemos de Mestre Didi. Pelo menos na literatura temos João Ubaldo Ribeiro e Antonio Torres. Na TV e cinema Lázaro Ramos, Daniel Boaventura, Wagner Moura, Regina Dourado. Eles é que salvam a gente.
Na música desde Caetano Veloso e Gilberto Gil que ninguém consegue aparecer. Já na porrada, depois de Popó, somente Cigano - que nem baiano é, mas mora aqui e  treina numa academia local. Parece que está pintando um garoto na F1. Nem mais miss nós temos e vivemos da lembrança dos coxões de Martha Rocha e do derrière - do buzanfan - de Marta Vasconcelos. Só lembrança. Mas aí são páginas (coladas) passadas. 
O caso é que as autoridades locais ainda acham que projeção se dá de forma espontânea, como  era em tempos idos. Hoje não é mais assim. Existem estratégias de marketing, ações culturais, brigas territoriais e empenho no investimento dos talentos. Para ajudar uma geração a aparecer tem de dar apoio, patrocínio. Já não se discute mais se é responsabilidade ou não de o Estado oferecer condições. É obrigação sim. 
Cadê a Bahia invadindo São Paulo ou Nova Iorque ou Buenos Ayres com uma missão de nível formada por artistas plásticos, autores, atores, pesquisadores, para mostrar sua cultura e impor – fazer conhecido – cada nome? Isso se fazia muito bem no meio do século passado via organismos culturais oficiais. Hoje o mais longe que se vai, com apoio cultural é para Xique Xique. Nem para Sergipe. 
Neste instante – entretanto - o que mais preocupa é que de tanto ministros que Dilma mandou se picar, a maioria é de baianos. Parece praga. A culpa é nossa: minha, do senhor e da senhora. 
Nada fizemos e nada faremos. Qual seria então minha sugestão: cada vez que uma autoridade baiana fosse pega fazendo estrago ao erário ou se metendo onde não devia, a gente ia para o aeroporto –como fazem as torcidas do Bahia e do Vitória – esperava com cacete, cinto, palmatória, mandacaru e dava uma surra de gato morto e botava ajoelhado no milho com o chapéu escrito “Burro”. 
Tenha certeza que um deles sendo educado como se fazia antigamente nas melhores famílias os outros iriam ter medo e deixariam de fazer besteira, pois cada merda que fazem estão acabando com a imagem do baiano. Já basta o pessoal do Pagode e do Axé lenhando com o perfil de inteligência da nossa gente. 
Me retei de vez!. Vamos ampliar a surra educativa. Enquanto aguardamos os políticos baianos nefastos no aeroporto (que até hoje não sei se chamo de 2 de julho ou Luis Eduardo) vamos partir também a dar uns piparotes, uns cascudos, uns telefones sem fio, uns cachações nestes axezeiros e pagodeiros? E que tal dar uns beliscões no pessoal do arrocha? E na diretoria do Bahia e do Vitória? Mas, de leve, para não machucar. Deixando claro que não estou incitando à violência. Apenas apelando para o senso cívico.  Devolvam minha Bahia! Bora Bahia! 

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